quinta-feira, 19.12.2024 - sábado, 19.12.2026
Devemos começar por admitir que o futuro não é evidente e que a vidência desse futuro é, sobretudo, um exercício sobre o presente. A razão principal pela qual o futuro não é antecipável está provavelmente relacionada com a evolução do conhecimento e da tecnologia e com o seu papel na mudança social. Dito isto, não é impossível e é até recomendável pensar esse futuro em função do conhecimento hoje existente e daquele que está agora a ser produzido (do conhecimento de ponta, portanto). Neste sentido, as universidades e os seus centros de investigação são certamente o melhor lugar para tal exercício reflexivo.É isto que se procura fazer neste livro, interpelando as Unidades Orgânicas da Universidade do Minho para refletirem no modo como, face ao conhecimento que produzem, poderão contribuir para o nosso futuro coletivo, usando como referencial os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.Num ano em que a Universidade do Minho comemora o cinquentenário da sua instalação, este é um esforço que não podia deixar de ser feito. Para além das tendências para o pessimismo e para a redenção, para além das angústias subjetivas e coletivas, para além das ilusões positivas ou negativas, cabe à Universidade do Minho, enquanto lugar de investigação e pensamento, cultivar a (clari)vidência sobre o nosso futuro comum.